Taxa de emprego em 2016: Eurostat coloca Portugal na 14ª posição

 O Eurostat divulgou os dados estatísticos da taxa de emprego em 2016. Portugal teve uma taxa de emprego de 70,6%, contra 69,1% no ano anterior.

Portugal é o nono país da zona euro com a taxa de emprego mais alta e o 14º entre os 28 estados-membros da União (incluindo o Reino Unido). A meta para 2020, é de 75% de população empregada.

Segundo dados do Eurostat, divulgados hoje, Portugal teve em 2016 uma taxa de emprego de 70,6% o que compara com 69,1% em 2015. Há assim mais pessoas empregadas em Portugal, embora ainda abaixo do objetivo nacional de 75%, que se pretende atingir até 2020.

No conjunto dos 19 países da zona euro, Portugal surge em nona posição. Já numa comparação entre os 28 estados-membros da União Europeia (incluindo o Reino Unido), Portugal surge em 14º lugar nos país com maior taxa de emprego, entre o Luxemburgo (que tem 70,7% de taxa de emprego) e a França que tem 70,4%.

Na análise por sexos, na população masculina portuguesa a taxa de empregabilidade em 2016 era de 74,2% o que compara com 72,6% em 2015 e nas mulheres fixou-se em 67,4%, quando no ano anterior tinha sido de 65,9%.

Em 2016, a taxa de emprego da população com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos na União Europeia (UE) situou-se em 71,1%, acima da taxa de população empregada em 2015 (70,1%) e do pico anterior registado em 2008 (70,3%), anuncia o gabinete europeu de estatística.

O objectivo do plano estratégico Europa 2020 é atingir uma taxa de emprego total para as pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos de pelo menos 75% na UE até 2020. Este objectivo foi transposto para cada Estado-Membro sob a forma de objectivos nacionais de modo a aferir a situação e as possibilidades de cada Estado de contribuir para o objectivo comum.

Sete Estados-Membros já atingiram os objectivos de 2020, revela o Eurostat.

Comparado com 2015, a taxa de emprego dos jovens entre 20 e 64 anos aumentou em 2016 em todos os Estados-Membros, com excepção do Luxemburgo, onde permaneceu estável. Cresceu fortemente na Hungria, Eslováquia, República Checa, Espanha, Lituânia e Malta.

Na Suécia (81,2%), na Alemanha (78,7%), no Reino Unido (77,6%), na Dinamarca (77,4%), nos Países Baixos (77,1%), na República Checa (76,7%) e na Estónia (76,6%) e Lituânia (75,2%).

Entre estes Estados-Membros, a República Checa, a Alemanha, a Estónia, a Lituânia e a Suécia já atingiram ou ultrapassaram as suas metas nacionais para 2020 em 2016, tal como a Irlanda e a Letónia. Malta atingiu apenas 0,4 pontos percentuais da sua meta. Por outro lado, a taxa de emprego mais baixa foi observada na Grécia (56,2%), seguida pela Croácia (61,4%), Itália (61,6%) e Espanha (63,9%).

A tendência ascendente da taxa de emprego é visível tanto para homens como para mulheres. Para os homens, a taxa de emprego atingiu 76,9% em 2016, um aumento em relação a 2015 (75,9%), mas ainda abaixo de seu nível de 2008 (77,8%). Quanto às mulheres, a taxa de emprego tem vindo a aumentar continuamente desde 2010 para atingir os  65,3% em 2016. Do mesmo modo, a taxa de emprego das pessoas com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos na UE aumentou de forma constante nos últimos anos, passando de 38,4% em 2002 para 55,3% em 2016.

As diferenças nas taxas de emprego entre homens e mulheres continuaram a variar consideravelmente em muitos Estados – Membros em 2016.

A diferença entre a taxa de emprego das mulheres e a dos homens com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos foi mais baixa na Lituânia (74,3% para as mulheres versus 76,2% para os homens ou -1,9 pontos percentuais), na Letónia (-2,9 p.p.), na Finlândia (-3,3 p.p) e na Suécia (-3,8 p.p.).

No extremo oposto da escala, a maior diferença entre a taxa de emprego das mulheres e dos homens foi observada em Malta (55,5% para as mulheres versus 83,1% para os homens ou -27,6 p.p.). Grandes diferenças também foram registadas em Itália (-20,1 pp), Grécia (-19,0 p.p.), Roménia (-17,6 pp) e República Checa (-16,0 p.p.).

A nível da UE, a diferença entre a taxa de emprego das mulheres de 20-64 anos (65,3%) e a dos homens de 20-64 anos (76,9%) foi de -11,6 pontos percentuais em 2016, contra -17,3 p.p. em 2002.

A partir de 2002, a taxa de emprego das pessoas com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos na UE aumentou de forma constante até atingir 55,3% em 2016, contra 38,4% em 2002. O crescimento foi mais forte para as mulheres (de 29,1% em 2002 para 48,9% em 2016 ) Do que para os homens (48,2% em 2002 vs. 62,0% em 2016), avança o relatório.

Em 2016, mais de metade da população com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos estava empregada em quinze Estados-Membros da UE. A taxa de emprego mais elevada para esta faixa etária foi observada na Suécia (75,5%), à frente da Alemanha (68,6%), da Dinamarca (67,8%), da Estónia (65,2%), da Lituânia (64,6%) e dos Países Baixos (63,5%) e do Reino Unido (63,4%). Por outro lado, as taxas de emprego mais baixas foram registadas na Grécia (36,3%), na Croácia (38,1%), na Eslovénia (38,5%) e no Luxemburgo (39,6%). Em relação a 2015, a taxa de emprego dos 55-64 anos aumentou em 2016 em todos os Estados-Membros da UE, com excepção da Croácia.

Portugal nesta faixa etária está abaixo da média europeia que é de 55,3% (tem 52,1% em 2016).

Uma maior participação dos trabalhadores mais velhos é também um dos objectivos do Plano Estratégico Europa 2020 em matéria de emprego.

Estas informações provêm de um artigo publicado pelo Eurostat, o Serviço de Estatística da União Europeia, com base nos resultados de 2016 do Inquérito Europeu ao mercado de trabalho. Este inquérito recolhe dados sobre emprego e desemprego, bem como sobre uma vasta gama de outras variáveis ​​relacionadas com o mercado de trabalho, das quais apenas uma pequena selecção é apresentada neste comunicado.

In Jornaleconomico.sapo.pt

28/04/2017