A internet e as novas tecnologias vieram alterar a forma como comunicamos tendo igualmente um peso significativo nas alterações verificadas no mercado de trabalho. Deixamos abaixo uma lista dez profissões com tendência a desaparecer nos próximos dez anos, segundo estudos levados a cabo por Ministérios do Trabalho de diversos países.
Aqui fica a lista:
1- Distribuidor de Jornais
Com o crescimento dos media online, as notícias e outros conteúdos normalmente tratados por jornais tradicionais, estão a ser, cada vez mais substituídos pela internet nessa função.
Há cada vez menos pessoas que não dispensam o papel e assim o jornal tradicional, vai perdendo a sua presença. As pessoas cada vez mais leem as notícias no seu smartphone ou tablet. Enquanto que, outras profissões neste setor conseguiram fazer a transição para os meios digitais, como por exemplo, editores, jornalistas, designers, etc, as profissões ligadas à distribuição física estão condenadas a desaparecer progressivamente.
2- Agente de Viagens
Tanto o motor de busca Bing (Microsoft), ou o Google, tem softwares com características muito especiais. Eles dizem-nos quanto tempo esperar até um preço de um serviço que procuramos, desça.
Nas viagens, deslocações, estadias, o online veio trazer uma revolução transformando este mercado, facilitando os clientes na procura de serviços.
Ora, com todas estas funções online, o agente de viagens vai perdendo cada vez mais a sua importância, pelo que também está destinado a desaparecer, tal qual o conhecemos.
3- Taxista
É um mercado em mudança. Existem cada vez mais aplicações para smartphone, e também mais luta por estes serviços. Estamos a entrar no mundo dos motoristas particulares e boleias partilhadas, como por exemplo em sites de boleias etc.
As aplicações Uber e Lyft, estão a prosperar nas grandes cidades mundiais, deixando cada vez menos trabalho para o taxista tradicional, pois conseguem o mesmo serviço por preços mais baixos.
Mas não é só. As grandes cidades estão a reorganizar-se, para que cada vez exista menos trânsito nos centros, dando prioridade a outro tipo de transportes, como a bicicleta, transportes públicos, etc.
4- Gestor de ‘social media’
Surpreendido em ver esta profissão constar nesta lista? Não estejas. Será fácil perceber que numa economia de informação, as novas gerações crescerão num ambiente cada vez mais tecnológico. Portanto, espera-se que daqui a alguns anos, as competências de social media, sejam skills cada vez mais normais de se ter.
5- Operador de maquinaria têxtil
No mundo ocidental, temos assistido tanto na Europa como nos Estado Unidos, a uma descida abrupta na quantidade de emprego no setor.
Enquanto que, há vozes que justificam esta descida com a terceirização internacional, a verdade é que este setor tem-se modernizado cada vez mais em termos tecnológicos, deixando a maior parte do trabalho a cargo de máquinas automáticas.
6- Agente de seguros
Mais uma vez o software. Cada vez mais novos programas permitem que os agentes de seguros tratem de forma mais rápida e eficaz, tudo que tenha a ver com apólices de seguros. Se uma pessoa consegue produzir mais, é natural que o número de contratações desça.
Por outro lado, este é um mercado onde o online vem ganhando igualmente terreno e onde as seguradoras online, conseguem segurar os seus clientes, sem a necessidade de qualquer atendimento presencial.
7- Repórter de jornal
Apenas nos Estados Unidos está previsto que em 2018, se extingam 4400 postos de trabalho nesta área. Para termos uma ideia, é três vezes o número de funcionários do New York Times.
E mais uma vez a resposta a esta extinção de postos de trabalho, chama-se internet. Alguns vão conseguindo renovar-se e encontrar emprego no ‘online’, mas não todos.
8- Locutor de rádio
É sabido que a rádio tem enfrentado enormes desafios com a internet. A proliferação de programas de música como o Spotify, Itunes, Pandora, faz com que cada vez mais os ouvintes de rádio estejam focados no online. Nos Estado Unidos prevê-se, que as transmissões de rádio e TV possam perder cerca de 2400 lugares em trabalhos de locução, no ano de 2018.
9- Gestor Fabril
A crescente automação e deslocação de produção do ocidente irá afetar muito os gestores de produção até 2018.
Com máquinas cada vez mais rápidas e independentes, uma fábrica conseguirá fazer o trabalho de três, fazendo com que os postos de trabalho nesta área diminuam bastante. Esta é uma realidade verificada nos sectores têxtil, eletrónica, informática e de peças automóvel.
10- Economista
Vendo o exemplo dos Estados Unidos, o governo Federal é o maior empregador de economistas no país. O curso de Economia ainda é um curso muito em voga, mas a verdade é que a maior parte, tem que tirar uma especialização, pós-graduação em áreas mais específicas. Os economistas acabam por encontrar trabalho em sectores como o das finanças, bancos, seguros ou educação.
Se olharmos para a forma como o mercado tem vindo a alterar-se nos últimos dez anos, juntando as diversas crises, há razões para acreditar que o futuro será bastante diferente, até porque, o que se sabe é que nada voltará a ser como era.
15/07/2014